quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Consumo excessivo de adoçante pode causar câncer


Os adoçantes considerados mais prejudiciais a saúde são: a sacarina, ciclamato e aspartame. Os mais indicados são o sucralose e o stévia.
Afinal, adoçantes fazem mal a saúde? Essa é uma pergunta que deixa muitas pessoas preocupadas na hora de servir um cafezinho ou mesmo consumir refrigerantes light ou diet. Constituídos a partir de um edulcorante, os adoçantes tem a capacidade de “adoçar” mais do que o açúcar normal. Atualmente, o consumo do produto tem se tornado normal, contínuo e muitas vezes exagerado. “O adoçante substituí o açúcar não só em casa, mas também vem sendo muito usado pela indústria alimentícia dos produtos diet e light”, explica a nutricionista funcional, Juliana Trevilini Garcia.
Se, por um lado, o açúcar virou vilão, por ter ligação com algumas doenças, entre elas: o diabetes, obesidades, doenças cardiovasculares e pressão alta, os adoçantes também não estão isento de críticas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), constatou por meio de um estudo, que vem sendo realizado por mais de 60 anos, que existe uma dose máxima permitida para o consumo de ciclamato, para que a substância não cause malefícios a saúde.
De acordo com a nutricionista funcional o consumo saudável de adoçantes, é possível quando o alimento é ingerido apenas quando necessário e em pequenas quantidades e deve-se privilegiar os que menos agridem o nosso corpo. “Várias pesquisas, mesmo que ainda não conclusivas, apontam que o uso contínuo e indiscriminado de adoçantes, principalmente, aqueles que estão presentes na indústria alimentícia, podem causar câncer”, alerta a especialista.
Os adoçantes considerados mais prejudiciais são o asparte, acessulfame, sacarina, ciclamato, e os mais indicados são o sucralose e o stévia. A Dra. Juliana esclarece que a sacarina e o ciclamato sódico são pouco indicados, pois apresentam níveis elevados de sódio – nocivo aos pacientes hipertensos.
A Dra. Juliana faz uma ressalva em relação ao ciclamato. “Existem algumas evidências com relação a uma atividade do ciclamato como promotor de câncer ou co-carcinogênico e que o uso da mistura ciclamato-sacarina pode estar associada ao aumento no risco de câncer de bexiga”. Já o aspartame e o acessulfame também devem ser utilizados com cautela, por terem suspeitas de serem cancerígenos.
A Stevia rebaudiana é derivada de uma planta e possui alto poder de dulçor, não têm qualquer valor calórico, não altera os níveis de açúcar nem de insulina no sangue, e principalmente, não tem efeitos secundários prejudiciais, apenas apresenta sabor residual. “Embora seja um dos indicados, recomendamos sempre que as pessoas diminuam o consumo e procurem sentir o sabor dos alimentos, antes de adicionar qualquer adoçante”, orienta a nutricionista.
A sucralose é derivada do açúcar da cana. Entre os adoçantes, é o que possui sabor mais próximo do açúcar. “Só não é indicado para pacientes com desordens tireoidianas, por ter em sua composição o cloro.”
Para manter a saúde um dia, a nutricionista orienta fazer uma rotatividade entre o consumo do açúcar mascavo e o stévia e evitar a adição dessas substâncias quando possível em chás e sucos naturais. “Assim, aos poucos, você se acostumará e descobrirá um delicioso sabor no que consome, independentemente, da adição de qualquer substância”, enfatiza a Dra. Juliana.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Será que o açúcar pode ser tóxico?


No tempo que você leva para ler essa frase, uma pessoa no mundo morreu de diabetes tipo 2. Duas outras serão diagnosticadas com a doença.
A diabetes tem uma progressão lenta e está ligada com a obesidade, e por isso é considerada “diferente” e “autoinduzida”. Apesar de ser uma “assassina”, não é tão violenta como o câncer e doenças infecciosas. Mas, ao analisar os impactos pessoais e econômicos que ela causa, nós deveríamos dar mais atenção para ela.
De acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia, o açúcar é um risco à saúde – contribuindo com cerca de 35 milhões de mortes por ano – e por isso deveria ser considerado uma substância potencialmente tóxica como o álcool e o tabaco.
Os pesquisadores dizem que sua ligação com a diabetes é tão grande, que impostos extras deveriam ser cobrados sobre comidas e bebidas com muito açúcar. Eles também recomendam o banimento da venda desse tipo de alimento perto de escolas, assim como restrições de idade nos produtos.
Você deve ter pensado: açúcar? Tóxico? Impossível. A verdade é que existe muita evidência de que o açúcar realmente é perigoso, por ser um fator de duas epidemias irmãs: a obesidade e a diabetes.
Os pesquisadores argumentam que particularmente tóxica é a sacarose – um composto natural formado de glicose e frutose, que é refinado para produzir o açúcar branco e um super açúcar processado. Ambos são adicionados aos alimentos processados – cereais, barras de café da manhã, algumas carnes, iogurtes, sopas e molhos. Ao invés de aumentar o conteúdo de frutas de um alimento, os produtores preferem colocar mais açúcar processado.
O que faz desse açúcar tão perigoso é que a frutose do açúcar refinado é quebrada primeiro no fígado (ao contrário da glicose que é lentamente liberada dos carboidratos complexos, durante a digestão). O rastro que esse açúcar refinado deixa no fígado começa um processo que pode levar até a diabetes tipo 2.
Isso porque altos níveis de açúcar no sangue significam que o pâncreas tem que produzir muita insulina – um hormônio que controla essa quantidade. Com o tempo, o pâncreas se cansa e começa a parar. Ao mesmo tempo, as células do corpo ficam resistentes aos efeitos da insulina, mantendo os níveis de açúcar no sangue muito altos.
É importante esclarecer que isso é diferente da diabetes tipo 1, quando as células do sistema imunológico atacam e destroem as células secretoras de insulina. Isso pode afetar pessoas muito jovens, e não tem relação com a alimentação. A tipo 2 é predominante na meia idade, afetando as populações de países desenvolvidos, e iniciada com uma dieta rica em açúcar e alimentos processados. Ela afeta todos os órgãos do corpo e está ligada com doenças do rim e do coração. Atinge também a circulação sanguínea e os vasos, podendo levar a amputações e cegueira.
Por causa da nossa alimentação, a diabetes tipo 2 está atingindo proporções epidêmicas. No Reino Unido, existem 2,6 milhões de pessoas afetadas, e outras 1 milhão ainda não foram diagnosticadas. O custo dessa situação na saúde é extraordinário. Globalmente, o gasto econômico é estimado em quase R$ 1 trilhão por ano. Para colocar em perspectiva, o custo dos terremotos e do tsunami no Japão foi de R$ 180 bilhões.
Mas ao contrário da ligação entre o fumo e o câncer de pulmão, a relação entre o açúcar e a diabetes não chegou ao público, não se transformando em políticas de saúde. Talvez esteja na hora de tratar a comida com açúcar da mesma maneira que os cigarros. Mas qual a chance de conseguirmos isso quando as cadeias de fast food e indústrias alimentícias estão cada vez mais influenciando as políticas de saúde? [Telegraph]
Ellen G. White já advertia sobre os malefícios do açúcar:
Açúcar não é bom para o estômago. Causa fermentação, e isto obscurece o cérebro e ocasiona mau humor. Manuscrito 93, 1901.
O açúcar abarrota o organismo. Entrava o trabalho da máquina viva. A Ciência do Bom Viver pág 327.
Quem quiser desenvolver hábitos de vida mais saudáveis, recomendamos a leitura de 2 excelentes livros, para fazer o download basta clicar nos links abaixo:

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